José Antônio Ferreira Cirino; Claudomilson Fernandes Braga:Comunicação, Mídia e Cultura
- nuovo livro 2014, ISBN: 9788549501103
Comunicação, mídia e cultura são três temas convergentes nos dias atuais, uma vez que ao se falar em processos comunicacionais não podemos perder de vista a interferência cultural dos ind… mais…
Comunicação, mídia e cultura são três temas convergentes nos dias atuais, uma vez que ao se falar em processos comunicacionais não podemos perder de vista a interferência cultural dos indivíduos na produção das informações que são transmitidas por meio das diversas mídias existentes. Nesse sentido, a circulação dessas informações perpassa por diferentes grupos em diferentes meios de comunicação. Essa coletânea apresenta nove pesquisas que tem como foco a discussão da comunicação, mídia e cultura na contemporaneidade. No primeiro capítulo de Thálita Teles Nascimento Silva e Maria Francisca Magalhães Nogueira, intitulado ?Relato da pesquisa monográfica sobre a Sociabilidade no Tinder? o objetivo é apresentar os objetos teórico e empíricos da pesquisa: sociabilidade e Tinder, respectivamente. São ainda expostos e comentados os resultados obtidos, as análises realizadas à partir deles e os fundamentos teórico-metodológicos que estruturaram essa pesquisa. Já em ?Avaliação e produtividade no trabalho acadêmico?, Maria das Graças Monteiro Castro, faz uma análise da perspectiva teórico-epistemológica de avaliação que orienta a construção da tese de que ?a qualidade pode crescer gradualmente a partir da quantidade?, apresentada no artigo ?Drivers of academic performance in a Brazilian university under a government-restructuring program?, publicado recentemente no periódico Journal of Informetrics (JOI). A autora, Viviane Cristina Maia Gomes, no trabalho ?Os idosos nas propagandas do Ministério da Saúde: velho velho ou novo velho?? busca investigar quem é o idoso apresentado pelo governo federal nas campanhas nacionais de vacinação contra a gripe, que em sua origem, no final dos anos 1990, tinha como protagonista a população maior de 60 anos de idade ? grupo considerado idoso, segundo a categorização da Organização Mundial de Saúde. Em ?Entre identidades toxicomaníacas e exclusões dromológicas?, Carolina Silva de Moura e Suely Henrique de Aquino Gomes buscam contextualizar a dinâmica de apresentação de si nas redes fortalecendo uma felicidade contraditória. Na segunda parte do trabalho traz a concepção de como essa conjuntura contribui para a consolidação da posição de um indivíduo a partir do capital simbólico (BOURDIEU, 1983; 2013) que ele acumula ao estar constantemente envolvido nas redes. O último tópico explora, baseando-se no conceito de dromologia (VIRILIO, 1997), que essas observações tem se mostrado cada vez mais pujantes, de modo que quem não as acompanha, participa de uma condição excludente que permite a manifestação de um poder simbólico. Alexandre Álvares em ?A vulgarização do discurso audiovisual: o Empoderamento da Instância da Recepção e a Produção de Conteúdo Digitalizado, investiga a transformação da narrativa no discurso e o empoderamento por meio da expressão cultural; a cultura enquanto capital cultural (BOURDIEU, 1989); na construção de identidade pós-moderna do conteúdo audiovisual e cinematográfico (KELLNER, 2001). Em ?A leitura nas mídias sociais: novas práticas e a evidência dos meios na cibercultura? Johnathan Pereira Alves Diniz busca compreender as transformações ocorridas nos processos de comunicação, desde o início dos seus estudos (final do século XIX) até os dias atuais, para que se possa entender a atualidade, ou seja, a cibercultura e as interatividades ocasionadas pelas mídias sociais, evidenciando novas práticas de leitura. Já Luiz Henrique Campos Pereira, no trabalho ?O espaço da modernidade: imagem publicitária e imaginário do espaço privado? tem por objetivo debater a construção de uma narrativa publicitária no interior de um comercial e identificar em que medida concatena com a justificativa da criação de espaços privatizantes. Em outros termos, salientar considerações sobre o imaginário de habitat, elaborado por Henri Lefebvre. No texto ?Me leva: velocidade da vida e obliteração da morte no vídeo comercial da vivo? de Fabrícia Vilarinho de Menezes, é realizada a análise do vídeo Me leva, parte da campanha comercial da empresa de telefonia Vivo, cujo slogan é: A vida passa na velocidade 4G, viva intensamente cada minuto, para relacionar a obliteração da morte e a percepção da velocidade do tempo. Veiculado em canais de televisão por assinatura e nas redes sociais em 2014, o vídeo provoca sensações relacionadas à finitude (a vida passa), à percepção do tempo (na velocidade 4G) e, por fim, aconselha o público a um carpe diem desfrutado por meio do consumo (viva intensamente cada minuto), onde o ?viver intensamente? é realizado a partir da aquisição do produto. Por fim, Ricardo Pavan e Adrielly Campos no texto ?A Trajetória Midiática da Música Sertaneja: Tempos e Espaços do Gênero no Brasil? mostram como o gênero musical sertanejo tem se mostrado capaz de conciliar polos antagônicos, apresentando componentes do cenário contemporâneo e de velhos referenciais populares. Ao apropriarem-se das mudanças e da vivência social cotidiana do ?moderno? cenário urbanoindustrial-tecnológico, seus principais produtores conseguiram torná-la um paradigma dessa abertura que permite a relação recíproca entre a música sertaneja e a dinâmica do contexto sociocultural. Esperamos que essa obra contribua para que estudantes, professores e profissionais dos campos de comunicação e informação possam utiliza-la como instrumento de reflexão e de produção de novos estudos nessas áreas. Andréa Pereira dos Santos, PPGCOM/FIC/UFG<