ISBN: 9798789560891

O FIM DA POLÍTICA DO EQUILÍBRIO DE PODERA Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas haviam difundido o conceito de democracia na maior parte do continente euro… mais…

O FIM DA POLÍTICA DO EQUILÍBRIO DE PODERA Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas haviam difundido o conceito de democracia na maior parte do continente europeu, difundindo assim a ideia de que as populações que compartilham uma origem étnica, uma língua e ideais políticos tinham o direito de formar estados independentes. Entretanto, o princípio da autodeterminação nacional foi totalmente ignorado pelas forças dinásticas e reacionárias que decidiram o destino dos assuntos europeus no Congresso de Viena, em 1815. Muitos dos povos que queriam autonomia ficaram sujeitos às dinastias locais ou a outras nações. Por exemplo, os estados alemães, integrados na Confederação Germânica, foram divididos em numerosos ducados, principados e reinos de acordo com os termos do Congresso de Viena; a Itália também foi dividida em várias unidades políticas, algumas das quais estavam sob controle estrangeiro; os belgas flamengos e franceses na Holanda austríaca foram submetidos ao domínio holandês pelo Congresso.As revoluções e os fortes movimentos nacionalistas no século XIX conseguiram derrubar muitas das imposições reacionárias acordadas em Viena. A Bélgica obteve a independência da Holanda em 1830; a unificação da Itália foi concluída em 1861, e a da Alemanha em 1871. Entretanto, os conflitos nacionalistas permaneceram sem solução em outras áreas da Europa no início do século 20, levando a tensões nas regiões em questão e entre várias nações europeias. Uma das mais importantes correntes nacionalistas, o Pan-eslavismo, desempenhou um papel fundamental nos eventos que levaram à guerra.O espírito nacionalista também era evidente na esfera econômica. A Revolução Industrial, que começou na Grã-Bretanha no final do século XVIII, na França no início do século XIX e na Alemanha a partir de 1870, levou a um enorme aumento dos produtos manufaturados, e esses países foram forçados a buscar novos mercados no exterior. A principal área em que se desenvolveu a política européia de expansão econômica foi a África, onde os respectivos interesses coloniais entraram em conflito uns com os outros com alguma freqüência. A rivalidade econômica pelo domínio do território africano entre França, Alemanha e Grã-Bretanha se aproximou, de 1898 a 1914, para provocar a guerra na Europa em várias ocasiões.Como resultado das tensões internacionais, as nações europeias tomaram medidas tanto na política interna quanto externa entre 1871 e 1914 que, por sua vez, aumentaram o perigo de conflito; mantiveram numerosos exércitos permanentes, expandindo-os constantemente através do recrutamento para a paz, e construíram navios maiores. A Grã-Bretanha, influenciada pelo desenvolvimento da marinha alemã, que começou em 1900, e pelo curso da Guerra Russo-Japonesa, modernizou sua frota sob a liderança do almirante Sir John Fisher. A guerra entre a Rússia e o Japão havia demonstrado a eficácia do armamento naval de longo alcance. Os avanços em outras áreas da tecnologia e organização militar estimularam a formação de Cadastros Gerais capazes de elaborar planos de mobilização e ataque muito precisos, muitas vezes integrados em programas que não poderiam ser revertidos uma vez iniciados.Os líderes de todos os países perceberam que o aumento das despesas com armamentos acabaria levando à falência nacional ou à guerra, e por isso foram feitas tentativas em várias ocasiões, notadamente nas Conferências de Haia de 1899 e 1907, para promover o desarmamento global. Entretanto, a rivalidade internacional havia chegado a um ponto tal que não foi possível chegar a nenhum acordo efetivo sobre desarmamento internacional. Trade Books>Trade Paperback>World History>Europe History>Europe History, Independently published Core >1<

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O FIM DA POLÍTICA DO EQUILÍBRIO DE PODERA Revolução Francesa e as Guerras Napoleônicas haviam difundido o conceito de democracia na maior parte do continente europeu, difundindo assim a ideia de que as populações que compartilham uma origem étnica, uma língua e ideais políticos tinham o direito de formar estados independentes. Entretanto, o princípio da autodeterminação nacional foi totalmente ignorado pelas forças dinásticas e reacionárias que decidiram o destino dos assuntos europeus no Congresso de Viena, em 1815. Muitos dos povos que queriam autonomia ficaram sujeitos às dinastias locais ou a outras nações. Por exemplo, os estados alemães, integrados na Confederação Germânica, foram divididos em numerosos ducados, principados e reinos de acordo com os termos do Congresso de Viena; a Itália também foi dividida em várias unidades políticas, algumas das quais estavam sob controle estrangeiro; os belgas flamengos e franceses na Holanda austríaca foram submetidos ao domínio holandês pelo Congresso.As revoluções e os fortes movimentos nacionalistas no século XIX conseguiram derrubar muitas das imposições reacionárias acordadas em Viena. A Bélgica obteve a independência da Holanda em 1830; a unificação da Itália foi concluída em 1861, e a da Alemanha em 1871. Entretanto, os conflitos nacionalistas permaneceram sem solução em outras áreas da Europa no início do século 20, levando a tensões nas regiões em questão e entre várias nações europeias. Uma das mais importantes correntes nacionalistas, o Pan-eslavismo, desempenhou um papel fundamental nos eventos que levaram à guerra.O espírito nacionalista também era evidente na esfera econômica. A Revolução Industrial, que começou na Grã-Bretanha no final do século XVIII, na França no início do século XIX e na Alemanha a partir de 1870, levou a um enorme aumento dos produtos manufaturados, e esses países foram forçados a buscar novos mercados no exterior. A principal área em que se desenvolveu a política européia de expansão econômica foi a África, onde os respectivos interesses coloniais entraram em conflito uns com os outros com alguma freqüência. A rivalidade econômica pelo domínio do território africano entre França, Alemanha e Grã-Bretanha se aproximou, de 1898 a 1914, para provocar a guerra na Europa em várias ocasiões.Como resultado das tensões internacionais, as nações europeias tomaram medidas tanto na política interna quanto externa entre 1871 e 1914 que, por sua vez, aumentaram o perigo de conflito; mantiveram numerosos exércitos permanentes, expandindo-os constantemente através do recrutamento para a paz, e construíram navios maiores. A Grã-Bretanha, influenciada pelo desenvolvimento da marinha alemã, que começou em 1900, e pelo curso da Guerra Russo-Japonesa, modernizou sua frota sob a liderança do almirante Sir John Fisher. A guerra entre a Rússia e o Japão havia demonstrado a eficácia do armamento naval de longo alcance. Os avanços em outras áreas da tecnologia e organização militar estimularam a formação de Cadastros Gerais capazes de elaborar planos de mobilização e ataque muito precisos, muitas vezes integrados em programas que não poderiam ser revertidos uma vez iniciados.Os líderes de todos os países perceberam que o aumento das despesas com armamentos acabaria levando à falência nacional ou à guerra, e por isso foram feitas tentativas em várias ocasiões, notadamente nas Conferências de Haia de 1899 e 1907, para promover o desarmamento global. Entretanto, a rivalidade internacional havia chegado a um ponto tal que não foi possível chegar a nenhum acordo efetivo sobre desarmamento internacional. Trade Books>Trade Paperback>World History>Europe History>Europe History, Independently published Core >1<